Guia de Aleitamento Materno

1. Por meio do médico que acompanha o pré-natal e o futuro pediatra do bebê;
2. Materiais de orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria, do Ministério da Saúde e de Hospitais e Maternidades;
3. UBS, Serviços de saúde, Hospitais, Maternidades e programas do governo voltados para a gestante;
4. Grupos de gestantes e de apoio às gestantes nas Unidades de Saúde.

Durante a gestação ocorrem mudanças no corpo da mulher a fim de: abrigar o bebê, preparar para o momento do parto, assim como para a amamentação após o nascimento. As mamas aumentam de volume, são mais vascularizadas e a pigmentação da aréola e do mamilo escurecem durante estas mudanças.

Os hormônios da lactação estão presentes em todas estas modificações e muito ativos durante a amamentação, após o nascimento do bebê. Quando o bebê suga a mama há estímulo do hormônio prolactina que vai favorecer a produção de mais leite. Ao mesmo tempo, ainda enquanto o bebê suga a mama, há estímulo de outro hormônio chamado ocitocina que favorecerá a descida do leite para a mama.

Todo esse trabalho hormonal tem melhor performance se associado a fatores como:

1. Bebê realizar a pega correta da mama;
2. Amamentar em livre demanda (quando e quanto o bebê quiser) aumenta a produção e volume do leite, conforme a necessidade do bebê;
3. Amamentar à noite, quando a liberação de prolactina é maior;
4. Oferecer as duas mamas a cada mamada e iniciar a próxima com a última mama ofertada na mamada anterior;
5. Se relacionar com o bebê durante a amamentação pensando nele com carinho, ouvindo seus sons, mantendo contato visual com ele;
6. Afastar a preocupação, dúvidas, dor e stress neste momento;

A alimentação da mãe também é muito importante para a produção e qualidade do leite oferecido ao bebê. É importante ingerir muito líquido (exceto bebida alcoólica), comer frutas, verduras, carnes, legumes, um pouco de todos os grupos de alimentos e não fazer prática de fumo, drogas e medicamentos sem orientação médica.

O leite materno se adapta ao longo do tempo conforme as necessidades do bebê, passando por 3 fases:

O leite de cada mãe tem características únicas conforme sua alimentação, fisiologia do seu corpo, fluxo de mamadas, horário do dia etc., atendendo perfeitamente as necessidades nutricionais e de defesa do bebê, sem a necessidade de complemento com água, chás ou qualquer outro alimento.

À medida que o bebê mama, ocorre o aumento da quantidade de gordura no leite aos poucos, tornando o leite cada vez mais gorduroso conforme a mama é esvaziada completamente. Entende-se assim, que no início da mamada o leite é mais líquido e ao término da mamada é mais espesso.

Cada mulher tem um tipo de mamilo e nenhum deles é empecilho para a amamentação acontecer, pois o bebê utiliza a língua para pressionar o mamilo contra o céu da boca e assim fazer o leite ser extraído.

1. Mamilos planos ou rasos: O bico não é projetado para frente. A aréola e o bico ficam na mesma linha.
2. Mamilos protusos: O bico se projeta à frente da aréola. É grande e marca na roupa. Ficam rígidos facilmente quando estimulados pelo toque ou em temperaturas baixas.
3. Mamilos invertidos: são aqueles em que o bico está para dentro da aréola, como se fossem “covinhas”. Quando estimulados pelo toque demoram a sair ou nem saem.

Durante o pré-natal nenhuma manipulação deverá ser realizada no mamilo. No nascimento (ainda na sala de parto) é importante que o bebê abocanhe a mama de maneira correta pegando toda aréola, pois a mama estará mais flexível neste momento.

Não ofereça chupeta, bicos de transição ou mamadeiras, pois o bebê não sentirá segurança quando levado ao seio após sugar de outras formas.

Tradicional

Sentada, a mãe posiciona o bebê no colo (barriga com barriga).

Deitada

O bebê é colocado deitado de lado, com o apoio de um travesseiro.

Cavalinho

A mãe apoia a cabeça do bebê com uma mão e, com a outra, posiciona a mama.

Invertida

A mãe segura o bebê, posicionando os pés em direção à cabeceira da cama ou do sofá.

Tradicional (Gêmeos)

Um bebê no colo da mãe (barriga na direção da barriga da mãe) e o outro bebê com as pernas debaixo de um dos braços da mãe.

Invertida (Gêmeos)

Cada bebê é posicionado com os corpos e as pernas debaixo de um dos braços da mãe. Almofadas e travesseiros ajudam bastante.

Fonte: Hospital e Maternidade Santa Maria

1. Tocar a boca do bebê com o mamilo para que ela abra bem.
2. O bebê deve abocanhar toda a aréola e não somente o mamilo. É possível observar aréola mais visível na parte de cima do lábio do bebê do que na parte debaixo.
3. Seus lábios devem estar totalmente para fora, formando uma boca de peixe, ao olhá-lo de lado.
4. O queixo do bebê deve permanecer encostado no seio da mãe e o nariz livre para respiração.
5. O mamilo deve ter contato com o céu da boca do bebê e sua língua deve permanecer acoplada ao redor da aréola, para melhor sucção.
6. É possível observar durante a sucção as bochechas arredondadas do bebê, o momento que ela entra e ouvir a deglutição (o engolir) da mamada.

1. Anotar na tampa do frasco a data e hora que realizou a primeira coleta de leite.
2. Guardar o frasco fechado, imediatamente, na geladeira ou no congelador.
3. Se o frasco não ficou cheio é possível completar o volume na próxima ordenha utilizando um outro recipiente já esterilizado.
4. Adicionar o leite recém-ordenhado sobre o frasco com volume incompleto congelado, até faltarem dois dedos para encher o frasco (não encher até a boca do frasco porque pode quebrar durante o congelamento).

Leite materno pode ser guardado no freezer por um período máximo de 15 dias a partir da data da coleta, na temperatura máxima de -3°C.

Leite materno pode ser guardado na geladeira por um período máximo de 12 horas, na temperatura máxima de 5°C.  

Para descongelar o leite:  levar ao fogo um recipiente com água até ferver. Desligar o fogo, a temperatura da água deve estar em torno dos 40 ºC, ou seja, deve ser possível tocar a água sem se queimar. Colocar o frasco de leite fechado na água aquecida e permanecer até descongelar completamente.