Mulheres marcam presença em todo o Centro Paula Souza

Elas estão à frente da superintendência da instituição e no comando de diversas áreas e unidades de ensino; conheça a trajetória profissional de algumas mulheres dentro e fora do CPS

8 de março de 2021 12:24 pm Desenvolvimento de Pessoas

Mulheres são 45% do total de servidores do Centro Paula Souza; a partir da esquerda: Emilena Bianco, Eliane Leite, Laura Laganá, Thais Fortes e Rosimar Schinelo | Foto: Divulgação

Dados divulgados pela Assessoria de Comunicação (AssCom) do Centro Paula Souza (CPS) nesta segunda-feira (8) demonstram a participação feminina no quadro de servidores da instituição. Mais da metade (53%) dos servidores administrativos e 43% do corpo docente são mulheres. Elas também estão à frente de quase metade (47%) das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e são diretoras de 37% das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) paulistas. O levantamento foi feito com base nos dados do Sistema Integrado de Gestão (SIG) da Unidade de Recursos Humanos (URH).

Atualmente, duas professoras ocupam a superintendência do Centro Paula Souza. Laura Laganá é diretora-superintendente da instituição desde 2004, quando foi eleita para seu primeiro mandato. “A presença feminina nos locais de trabalho ajuda a construir um ambiente de paz, harmonia e prosperidade”, afirma. “A representatividade das mulheres em postos de liderança serve de inspiração para toda a sociedade. É um estímulo importante para que todas tenham coragem de enfrentar resistências e acreditar no seu potencial.”

Laura Laganá entrou no CPS em 1982 como professora de Etec. Foi coordenadora de Ciências e Matemática, diretora de unidade, coordenadora de Ensino Técnico e chefe de gabinete. É integrante do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE-SP) e de diversos outros colegiados. (Foto: Gastão Guedes)

O comando é dividido com Emilena Bianco, que exerce o cargo de vice-diretora-superintendente desde 2019. “Muitas necessidades e desafios que as mulheres enfrentam no dia a dia são diferentes dos homens. Isso nos dá outro olhar para as experiências de vida, inclusive no ambiente corporativo. As grandes empresas estão cada vez mais apostando em lideranças femininas pela capacidade de apontar novos caminhos para a gestão”, ressalta Emilena.

Emilena Bianco é Doutora em Ciência da Informação, mestre em Engenharia de Produção e graduada em Biblioteconomia, e tem mais de 20 anos de experiência profissional na elaboração de projetos de investimentos e inovação. (Foto: Divulgação)

“Temos mulheres ocupando desde a superintendência e áreas da Administração Central até os espaços de gestão das unidades de ensino”, destaca Vicente Mellone Junior, coordenador técnico da URH. “Há um número expressivo de mulheres trabalhando na instituição.”

Mulheres na URH

A maioria dos cargos de liderança da Unidade de Recursos Humanos é ocupada por mulheres. São 67% do total. Thais Fortes é uma dessas mulheres, e dirige o Departamento de Gestão de Normas e Legislação (DGNL) da URH. Ela conta que o gênero nunca foi uma questão no momento da escolha dos líderes da Coordenadoria.

“Acredito que esse movimento seja naturalmente impulsionado pela presença de lideranças femininas na condução da instituição”, afirma. No entanto, admite que “os esforços para manutenção destes postos são desafios diários que nós, mulheres, temos que enfrentar, levando-se em conta uma cultura de resistência que ainda permeia o inconsciente coletivo.”

Thaís Fortes foi admitida no CPS em 2010. É formada em Direito, especialista em Direito Tributário e possui MBA em Excelência em Gestão de Projetos e Processos Organizacionais. Construiu sua carreira na Administração Pública, advinda da Secretaria da Fazenda e Planejamento. Hoje comanda o Departamento de Gestão de Normas e Legislação (DGNL) da URH. (Foto: Reprodução)

Unidades de ensino

Eliane Leite, diretora da Etec Prof.ª Dr.ª Doroti Quiomi Kanashiro Toyohara (Pirituba), da capital, conta que ter mulheres ocupando cargos de gestão em instituições de ensino profissional e tecnológico colabora para a quebra de paradigmas. “Há um viés de que mulheres não vão para a área de tecnologia. Então, ter uma mulher na gestão significa mudar esse olhar e perceber que a gente pode ocupar os espaços”, conta.

Eliane foi recentemente escolhida como Educadora do Ano pelo prêmio Mulheres que Transformam. A unidade de ensino de Pirituba desenvolve projetos para inserir meninas em competições esportivas e de conhecimento, incentivar o desenvolvimento de jogos por mulheres, discutir o machismo estrutural e promover a igualdade de gênero. “A escola tem um papel fundamental ao fazer essa discussão com os alunos”, diz.

Eliane Leite dirige a Etec de Pirituba desde 2014 e trabalha no Centro Paula Souza (CPS) há 27 anos. Já atuou como assistente administrativa, professora, coordenadora e depois como diretora acadêmica. Eliane é palestrante e fundadora de consultoria especializada em implementar políticas de equidade em empresas. Também é líder dos Comitês de Educação e de Igualdade Racial do grupo Mulheres do Brasil. (Foto: Divulgação)

A Fatec Catanduva, no interior, conta com três mulheres à frente dos cargos de direção. “Por mais que pareça natural, em 2021, mulheres ocuparem cargos de gerenciamento, essa não é uma realidade comum em todas as empresas”, conta Rosimar Schinelo, que dirige a unidade desde 2016.

A gestão tem obtido bons resultados no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia a qualidade dos cursos de nível superior, no reconhecimento da instituição e na empregabilidade dos egressos. “Consolidar na instituição uma cultura de que o foco no aprendizado e na aplicação do conhecimento não tem restrição de gênero é um dos nossos desafios”, diz Rosimar.

Rosimar Schinelo é diretora da Fatec Catanduva desde 2016 e professora da Instituição desde 2008. É vice-líder do Grupo de Pesquisa Gample-CNPq. Fez MBA em Gestão Estratégica de Pessoas: Desenvolvimento Humano de Gestores. Tem Graduação em Licenciatura em Letras, Mestrado e Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa. (Foto: Divulgação)

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